quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

SEXTO DIA DA FESTA DO SENHOR DO BONFIM


Tema da Festa: Cristãos Leigos e Leigas na Igreja e na Sociedade
Lema: Sal da Terra e Luz do Mundo (Cf. Mt 5, 13-14)

Nesta quarta-feira, 17/01, a Paróquia de Planalto-BA, celebrou a sexta noite do novenário em honra e louvor ao excelso Senhor do Bonfim. Com o subtema Carismas, serviços e ministérios na igreja e o serviço cristão ao mundo, a presidência da celebração ficou sob a responsabilidade do padre Antônio Gonçalves (Vitória da Conquista).



A Missa ocorreu após a Oração do Terço e da Novena, conforme a programação já divulgada. Após a celebração da missa ocorreu a tradicional quermesse, na Praça da Matriz, como tem sido feita desde o primeiro dia da festa.


Confira abaixo um trecho da homilia do Padre Antônio:

Pe. Antônio Gonçalves

[...]

Quero falar com vocês de coração para coração. Pois acredito que era assim que Jesus falava com o seu povo, com seus discípulos. E é assim que quero lhes falar.

[...]

A Festa do Padroeiro, o novenário, é um grande retiro, onde preparamos o nosso interior para celebrar com toda a dignidade que o Nosso Senhor Jesus Cristo merece.

[...]

A Fé deve ser vivida como uma grande festa, como uma grande alegria. E essa festa do ano de 2018 acontece no contexto do Ano Nacional do Laicato. Tempo propício para refletirmos o papel do leigo na Igreja, bem como fora dela. Pois o seu testemunho começa aqui, mas deve continuar lá fora, na sociedade, no nosso trabalho, nas famílias...

[...]

O tema proposto para a noite de hoje (Carismas, serviços e ministérios na igreja e o serviço cristão ao mundo) quer trazer para nós a certeza de que por meio dos carismas, serviços e ministérios, o Espírito Santo capacita a todos na Igreja para o bem comum, para a missão evangelizadora e a tão sonhada transformação social em vista do Reino de Deus.

Não podemos de deixar de falar da importância do leigo na Igreja. Sem eles a missão não seria completa. Este ano será de grandes reflexões para bem superar os pensamentos errôneos acerca do leigo, esse grande colaborador da missão evangelizadora da Igreja.

O termo leigo na Igreja é muito diferente daquele visto no senso comum. Este não se aplica aos nossos leigos e leigas, homens e mulheres que tão bem são preparados para assumirem a missão de ser sal da terra e luz do mundo, testemunhando o Senhor com suas vidas. Não podemos negar que atualmente encontramos tantos leigos tão bem preparados, com competência para contribuírem na Evangelização, missão dada à Igreja e que não se restringe aqueles que estão à frente dela: papas, bispos, padres e diáconos.

[...]

Não é possível pensar uma Igreja que não incentive a participação e corresponsabilidade dos cristãos leigos e leigas na Missão (Cf. Doc. 105). O campo de Missão da Igreja cada vez mais cresce e é necessária a participação de todos na missão de levar a Palavra e de anunciar o Senhor Jesus. Nem os leigos podem esperar pelo ministro ordenado, nem este pode esperar por aquele. Na verdade a missão se faz de mãos dadas, unidos no mesmo propósito.

[...]

O convite da leitura de hoje é para que se ponha em prática a Palavra. Por em prática é transformá-la em obras, traduzi-la em ações. Mas uma vivência fora e dentro da Igreja. [...] o ser cristão de verdade é viver, dentro e fora, uma vida uniforme, não ser “duas caras”. Por isso o documento 105, da CNBB, enfatiza que não é preciso sair da Igreja para ir ao mundo, como não é preciso sair deste para entrar e viver na Igreja.

[...]

A bonita parábola do Bom Samaritano é um bonito ensinamento para cada um de nós [...]. Essa parábola quer pôr em relevo que evangelizar, ser sal da terra, ser luz do mundo vai muito além do proclamar e do falar bonito, do falar das coisas de Deus e ser inteligente sobre as coisas da teologia. O ensinamento é maior: é preciso amar. É preciso amar ao próximo.

Mas, o que seria amar ao próximo? Jesus nos responde. Amar ao próximo é cuidar do necessitado, é deixar de lado as diferenças, é ver o outro como irmão. Precisamos entender uma coisa: o Samaritano foi muito bom, porque ele não só cuidou do homem que havia caído na mão dos assaltantes [...], ele fez muito mais do que isso. O Bom Samaritano venceu seu orgulho, sua rivalidade histórica, venceu o desprezo, venceu as situações passadas e ultrapassadas que havia nas relações entre judeus e samaritanos. [...] ele foi um vitorioso sobre seu próprio coração. Não deixou que os sentimentos da vingança/desprezo [...] tomassem conta do seu coração.

[...]

Para sermos bons samaritanos no mundo, onde estamos inseridos, precisamos apenas socorrer quem está jogado nas ruas, fazer algo pelos pobres, e isso nós precisamos fazer sempre, não de vez em quando. É nosso dever. Mas o bom samaritano é aquele também que sabe usar o perdão, sabe da misericórdia com seu próximo em todas as situações da vida.

Jesus critica nessa parábola a falsa religiosidade. Uma fé desprovida de ações. A falsa religiosidade é a atitude de ter apenas uma religião, praticar rituais ou aparentar ser um crente, ser um bom católico... viver de aparências. Isso é hipocrisia, é falsidade. [...] A inclusão do samaritano nessa história mostra que o status não vale nada. Os samaritanos tinham o status de odiados, indignos pelos judeus. O Sacerdote e o levita tinham status de “santos”. No entanto, a atitude de bondade desse samaritano mostrou que é isso que realmente agrada a Deus. Um coração verdadeiro que demonstra atitude de amor ao próximo.

[...]

Precisamos levar mais a sério a nossa fé. Precisamos levar mais a sério a nossa Igreja, e, principalmente levar mais a sério o mandamento do Senhor Jesus: ide por todo o mundo e anunciai o Evangelho. [...] leigo ou ordenado, a missão de evangelizar é de todos. A missão de ser bom samaritano é de todos.
Há uma infinidade de dons e carismas que precisam ser colocados em prática, para que o Reino de Deus aconteça em nosso meio. Unindo forças, e reconhecendo cada um o seu papel, faremos a vontade de Deus sendo sal da terra e dando mais sabor e sendo luz do mundo para tantos irmãos que ainda jazem nas trevas.

Confiram algumas as fotos:








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Fonte: PASCOM – Pastoral de Comunicação

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