Tema da Festa: Cristãos Leigos e
Leigas na Igreja e na Sociedade
Lema: Sal da Terra e Luz do
Mundo (Cf. Mt 5, 13-14)
Nesta quarta-feira, 17/01, a Paróquia de
Planalto-BA, celebrou a sexta noite do novenário em honra e louvor ao excelso
Senhor do Bonfim. Com o subtema “Carismas, serviços e ministérios na igreja e o
serviço cristão ao mundo”, a presidência da celebração ficou sob a
responsabilidade do padre Antônio Gonçalves (Vitória da Conquista).
A
Missa ocorreu após a Oração do Terço e da Novena, conforme a programação já
divulgada. Após a celebração da missa ocorreu a tradicional quermesse, na Praça
da Matriz, como tem sido feita desde o primeiro dia da festa.
Confira abaixo um trecho da homilia do Padre Antônio:
Pe. Antônio Gonçalves
[...]
Quero falar com vocês de coração para coração. Pois
acredito que era assim que Jesus falava com o seu povo, com seus discípulos. E
é assim que quero lhes falar.
[...]
A Festa do Padroeiro, o novenário, é um grande
retiro, onde preparamos o nosso interior para celebrar com toda a dignidade que
o Nosso Senhor Jesus Cristo merece.
[...]
A Fé deve ser vivida como uma grande festa, como uma
grande alegria. E essa festa do ano de 2018 acontece no contexto do Ano
Nacional do Laicato. Tempo propício para refletirmos o papel do leigo na
Igreja, bem como fora dela. Pois o seu testemunho começa aqui, mas deve
continuar lá fora, na sociedade, no nosso trabalho, nas famílias...
[...]
O tema proposto para a noite de hoje (Carismas, serviços e ministérios na igreja e
o serviço cristão ao mundo) quer trazer para nós a certeza de que por meio dos
carismas, serviços e ministérios, o Espírito Santo capacita a todos na Igreja
para o bem comum, para a missão evangelizadora e a tão sonhada transformação
social em vista do Reino de Deus.
Não podemos de deixar de falar da importância do leigo na Igreja. Sem
eles a missão não seria completa. Este ano será de grandes reflexões para bem
superar os pensamentos errôneos acerca do leigo, esse grande colaborador da
missão evangelizadora da Igreja.
O termo leigo na Igreja é muito diferente daquele visto no senso comum. Este
não se aplica aos nossos leigos e leigas, homens e mulheres que tão bem são
preparados para assumirem a missão de ser sal da terra e luz do mundo,
testemunhando o Senhor com suas vidas. Não podemos negar que atualmente encontramos
tantos leigos tão bem preparados, com competência para contribuírem na
Evangelização, missão dada à Igreja e que não se restringe aqueles que estão à
frente dela: papas, bispos, padres e diáconos.
[...]
Não é possível pensar uma Igreja que não incentive a participação e corresponsabilidade
dos cristãos leigos e leigas na Missão (Cf. Doc. 105). O campo de Missão da
Igreja cada vez mais cresce e é necessária a participação de todos na missão de
levar a Palavra e de anunciar o Senhor Jesus. Nem os leigos podem esperar pelo
ministro ordenado, nem este pode esperar por aquele. Na verdade a missão se faz
de mãos dadas, unidos no mesmo propósito.
[...]
O
convite da leitura de hoje é para que se ponha em prática a Palavra. Por em
prática é transformá-la em obras, traduzi-la em ações. Mas uma vivência fora e
dentro da Igreja. [...] o ser cristão de verdade é viver, dentro e fora, uma
vida uniforme, não ser “duas caras”. Por isso o documento 105, da CNBB,
enfatiza que não é preciso sair da Igreja para ir ao mundo, como não é preciso
sair deste para entrar e viver na Igreja.
[...]
A
bonita parábola do Bom Samaritano é um bonito ensinamento para cada um de nós
[...]. Essa parábola quer pôr em relevo que evangelizar, ser sal da terra, ser
luz do mundo vai muito além do proclamar e do falar bonito, do falar das coisas
de Deus e ser inteligente sobre as coisas da teologia. O ensinamento é maior: é
preciso amar. É preciso amar ao próximo.
Mas, o
que seria amar ao próximo? Jesus nos responde. Amar ao próximo é cuidar do
necessitado, é deixar de lado as diferenças, é ver o outro como irmão.
Precisamos entender uma coisa: o Samaritano foi muito bom, porque ele não só
cuidou do homem que havia caído na mão dos assaltantes [...], ele fez muito
mais do que isso. O Bom Samaritano venceu seu orgulho, sua rivalidade
histórica, venceu o desprezo, venceu as situações passadas e ultrapassadas que
havia nas relações entre judeus e samaritanos. [...] ele foi um vitorioso sobre
seu próprio coração. Não deixou que os sentimentos da vingança/desprezo [...]
tomassem conta do seu coração.
[...]
Para
sermos bons samaritanos no mundo, onde estamos inseridos, precisamos apenas
socorrer quem está jogado nas ruas, fazer algo pelos pobres, e isso nós precisamos
fazer sempre, não de vez em quando. É nosso dever. Mas o bom samaritano é
aquele também que sabe usar o perdão, sabe da misericórdia com seu próximo em
todas as situações da vida.
Jesus
critica nessa parábola a falsa religiosidade. Uma fé desprovida de ações. A
falsa religiosidade é a atitude de ter apenas uma religião, praticar rituais ou
aparentar ser um crente, ser um bom católico... viver de aparências. Isso é
hipocrisia, é falsidade. [...] A inclusão do samaritano nessa história mostra
que o status não vale nada. Os samaritanos tinham o status de odiados, indignos
pelos judeus. O Sacerdote e o levita tinham status de “santos”. No entanto, a
atitude de bondade desse samaritano mostrou que é isso que realmente agrada a
Deus. Um coração verdadeiro que demonstra atitude de amor ao próximo.
[...]
Precisamos
levar mais a sério a nossa fé. Precisamos levar mais a sério a nossa Igreja, e,
principalmente levar mais a sério o mandamento do Senhor Jesus: ide por todo o
mundo e anunciai o Evangelho. [...] leigo ou ordenado, a missão de evangelizar
é de todos. A missão de ser bom samaritano é de todos.
Há uma
infinidade de dons e carismas que precisam ser colocados em prática, para que o
Reino de Deus aconteça em nosso meio. Unindo forças, e reconhecendo cada um o
seu papel, faremos a vontade de Deus sendo sal da terra e dando mais sabor e
sendo luz do mundo para tantos irmãos que ainda jazem nas trevas.
Confiram algumas as
fotos:
Confira mais fotos no
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Fonte: PASCOM – Pastoral de
Comunicação
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